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-<html><h1 style="text-align: center;">Open Forestry</h1></html>
-<html><blockquote>Esta p&aacute;gina &eacute; baseada no Coment&aacute;rio Cient&iacute;fico: <a href="https://doi.org/10.1038/s41559-022-01738-7" target="_blank">Making forest data fair and open.</a> Revista Nature Ecology &amp; Evolution</blockquote></html>
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-<p style="text-align: justify;">Conceitos importantes:&nbsp;</p>
-<p style="text-align: justify;"><strong>Open Data&nbsp;</strong>- Conforme o <a href="http://opendatahandbook.org/guide/pt_BR/what-is-open-data/" target="_blank" rel="noopener">Open data Handbook</a>, Dados abertos s&atilde;o dados de pesquisas que est&atilde;o dispon&iacute;veis livremente na internet para download, mudan&ccedil;as e distribui&ccedil;&atilde;o sem restri&ccedil;&otilde;es legais ou financeiras.&nbsp;&nbsp;</p>
-<p style="text-align: justify;"><em><strong>FAIR -&nbsp;</strong></em><strong>F</strong>indability(Habilidade de Encontrar),&nbsp;<strong>A</strong>ccessibility(Acessibilidade),&nbsp;<strong>I</strong>nteroperability(Interoperabilidade), and&nbsp;<strong>R</strong>euse of digital assets (Possibilidade de Reusar).</p>
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-{{ :opensci:2022:bd3ppd73vvolngixo2ljc74jxq.jpg?nolink&400| General view of a tract of the Amazon jungle which burns as it is cleared by loggers and farmers near Apui, Amazonas State, Brazil August 11, 2020. Picture taken with a drone. REUTERS/Ueslei Marcelino}}
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-<p>
-<p style="text-align: justify;">
- <font size="12"><strong>&ldquo;</font></strong>Em uma sociedade com altas necessidades de dados sobre florestas tropicais, como podemos romper a barreira social entre os produtores de dados florestais e os usu&aacute;rios de dados florestais?&rdquo; Este &eacute; o primeiro sentimento deixado pelos autores do coment&aacute;rio cient&iacute;fico. Mas voc&ecirc; deve se perguntar: Qual o porqu&ecirc; deste interesse por estes dados neste recorte do planeta? Primeiramente, as regi&otilde;es que correspondem as florestas tropicais s&atilde;o os ecossistemas mais ricos e produtivos do planeta terra, assinalam Lima e colaboradores. Al&eacute;m disso, a quantifica&ccedil;&atilde;o (valores, mesmo) de din&acirc;micas de carbono, biodiversidade e como estes est&atilde;o mudando s&atilde;o ultra valiosos e muitos stakeholders est&atilde;o <a href="https://apnews.com/article/elon-musk-jair-bolsonaro-spacex-politics-technology-b39ec2cbf6f8177294d0538eda26009b">interessados</a> nestes dados. Os interessados v&atilde;o desde cientistas, governos, ongs, &agrave; interesses comerciais como extra&ccedil;&atilde;o madeireira ou venda de cr&eacute;ditos de carbono. Os autores destacam que um grupo muito ignorado, quando se fala dos interesses com as florestas tropicais s&atilde;o as pr&oacute;prias comunidades locais, estes os quais a informa&ccedil;&atilde;o se faz mais necess&aacute;ria e os garante direitos e ajuda na conserva&ccedil;&atilde;o e restaura&ccedil;&atilde;o de suas florestas.</p>
-<p style="text-align: justify;">De forma panor&acirc;mica, &eacute; preciso que os dados se apresentem de forma FAIR(ver descri&ccedil;&atilde;o no superior desta p&aacute;gina) e OPEN. Assim, ser&aacute; poss&iacute;vel aumentar a transpar&ecirc;ncia, inova&ccedil;&atilde;o e reprodutibilidade. &nbsp;E n&atilde;o se enganem! Existem sim, bancos de dados, OPEN e FAIR. Como i.e. <a href="https://www.gbif.org/">GBIF</a>, <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank/">GenBank</a> e <a href="https://www.globalforestwatch.org/">Global Forest Watch</a>. Mas, nestes, n&atilde;o existem a perspectiva daqueles que fazem as mensura&ccedil;&otilde;es, na pr&aacute;tica. O argumento dos autores do texto &eacute;: Pol&iacute;ticas de dados florestais devem usar de forma linguisticamente correta&nbsp;o termo FAIR - justo, equitativo, leal.&nbsp;&nbsp;</p>
-<blockquote>
-<p style="text-align: justify;">&ldquo;Em um mundo onde originar (mensura&ccedil;&atilde;o, monitoramento...) dados florestais &eacute; considerado como um investimento de longo prazo, transformar estes dados em abertos faz todo sentido (j&aacute; que todos podem contribuir no seu investimento)&rdquo;.</p>
-</blockquote>
-<blockquote>
-<p style="text-align: justify;">"Mas quando a produ&ccedil;&atilde;o destes dados depende na inseguran&ccedil;a de financiamentos incertos e condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias de empregabilidade, tornar estes dados aberto &eacute;, digamos, problem&aacute;tico."</p>
-</blockquote>
-<p style="text-align: justify;">Sendo assim, compreende-se, somente um grupo privilegiado do globo est&aacute; capaz de explorar o potencial de dados florestais (de forma aberta). E sobre as comunidades que possuem o saber de suas florestas locais, estas est&atilde;o em constante risco, j&aacute; que saber informa&ccedil;&otilde;es como o valor de uma determinada madeira de uma determinada esp&eacute;cie, pode amea&ccedil;ar toda sua comunidade.</p>
-<h3 style="text-align: left;">Desafios</h3>
-<p style="text-align: justify;">Os riscos, medos, incertezas s&atilde;o muitos quando falamos em dados florestais. Principalmente por que gerar dados acompanhados ao longo de muitos anos exigem grandes esfor&ccedil;os. Falando em Floresta Amaz&ocirc;nica,&nbsp; esses esfor&ccedil;os aumentam exponencialmente. &Eacute; preciso combinar fatores m&uacute;ltiplos como institui&ccedil;&atilde;o, legisla&ccedil;&atilde;o e interesses. Para 1 hectare mensurado na amaz&ocirc;nia &eacute; preciso coletar e&nbsp; ter capacidade de identificar 10 vezes mais esp&eacute;cies que os 24 milh&otilde;es de hectares do Reino Unido.&nbsp; &nbsp;</p>
-<p style="text-align: justify;">Outro desafio importante &eacute; que os trabalhadores florestais (pesquisadores, t&eacute;cnicos, estudantes, assistentes de campo e comunidades locais) n&atilde;o possuem atrativos b&aacute;sicos que garantam seu trabalho. Desde seguran&ccedil;a no campo (amea&ccedil;as, sequestros, picada de cobra, enchentes, inc&ecirc;ndios, viol&ecirc;ncia baseada em g&ecirc;nero e aos membros da comunidade LGBTQIA+...) at&eacute; recursos b&aacute;sicos para mensura&ccedil;&atilde;o e manuten&ccedil;&atilde;o das suas &aacute;reas de interesse e estudo.&nbsp;</p>
-<p style="text-align: justify;">H&aacute; alguns exemplos de sucesso como o do v&iacute;deo a seguir:</p>
-<p style="text-align: center;"><iframe src="//www.youtube.com/embed/pdTuSaFQN3U" width="640" height="360" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
-<h3 style="text-align: left;">Como superar estes desafios?</h3>
-<p style="text-align: justify;">Como os desafios s&atilde;o enormes, a primeira pergunta &eacute;: ser&aacute; poss&iacute;vel mudar essa realidade para beneficiar igualitariamente os geradores dados e usu&aacute;rios? Os autores do coment&aacute;rio cient&iacute;fico acreditam que o futuro dos dados de florestas tropicais deve ser aberto, como no caso de dados biol&oacute;gicos (sequenciamento de DNA). Mas para esse futuro, &eacute; necess&aacute;rio um acordo internacional entre os que geram estes dados, usu&aacute;rios e financiadores.&nbsp;&nbsp;</p>
-<p style="text-align: justify;">Os autores apresentam 8 recomenda&ccedil;&otilde;es-chave que est&aacute; baseada nas necessidades daqueles que geram os dados e garante a contribui&ccedil;&atilde;o adequada dos usu&aacute;rios e financiadores.</p>
-<p style="text-align: justify;">Pensar em monitoramento de florestas a longo prazo &eacute; uma tarefa &aacute;rdua e deve haver valoriza&ccedil;&atilde;o de pessoas, estas recomenda&ccedil;&otilde;es, portanto, buscam atender, em primeiro lugar as&nbsp;<strong>pessoas</strong>, ao inv&eacute;s dos dados. Consequentemente, &eacute; necess&aacute;rio encarar com seriedade os custos reais da gera&ccedil;&atilde;o de dados florestais, com melhores planos de carreira para aqueles que est&atilde;o no trabalho de campo. Para este plano financeiro est&aacute; incluso:</p>
-<ol style="text-align: justify;">
-<li>Trabalho de campo, trabalho de laborat&oacute;rio (incluindo apoio de centros de herb&aacute;rio);</li>
-<li>Treinamento, Seguran&ccedil;a do trabalho e condi&ccedil;&otilde;es asseguradas para o trabalho;&nbsp;</li>
-<li>Integra&ccedil;&atilde;o de institui&ccedil;&otilde;es respons&aacute;veis pela entrega dos dados;</li>
-<li>Cobrir os custos de curadoria e infraestrutura de <em>database&nbsp;</em>garantindo padroniza&ccedil;&atilde;o dos dados.</li><br>
-<p style="text-align: justify;">Assim, de forma conjunta, &eacute; poss&iacute;vel garantir que os financiadores est&atilde;o apoiando caminhos para o lan&ccedil;amento de dados abertos e de open science.</p>
-<p style="text-align: justify;">Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;queles que geram os dados, &eacute; preciso:</p>
-<p style="text-align: justify;">
-<li>Adotar defini&ccedil;&otilde;es gerais sobre autorias e incluir aqueles envolvidos na cole&ccedil;&atilde;o dos dados e manejo; e</li>
-<li>Garantir que os resultados sejam comunicados <strong>NA LINGUAGEM DAQUELES QUE OS GERARAM. </strong>(Claro, dividimos o mesmo mundo, mas capacidade de investimento em pesquisa &eacute; altamente desigual);&nbsp;</li>
-<li>Acordos internacionais e financiamentos que apoiem a gera&ccedil;&atilde;o de dados, infraestrutura e carreiras s&atilde;o importantes para empoderar institui&ccedil;&otilde;es tropicais e subtropicais;</li>
-<li>Desenvolver, rela&ccedil;&otilde;es estreitas, longevas e igualit&aacute;rias, que estabele&ccedil;am metas para financiadores, geradores e usu&aacute;rios destes dados.&nbsp;</li>
-</ol>
-</p>
-<blockquote>
-<p style="text-align: justify;">Mudan&ccedil;as sist&ecirc;micas de sucesso demandam que se construam parcerias onde h&aacute; divis&otilde;es. Nossas necessidades compartilhadas de estabilizar o clima e proteger a biodiversidade devem incentivar acordos globais e leis nacionais, para que haja compreens&atilde;o dos princ&iacute;pios de direitos e deveres, por todos.&nbsp;</p>
-</blockquote>
-<p><strong><span style="color: #008000;">Em resumo, Para dados de florestas tropicais se tornarem OPEN, eles, primeiramente devem ser FAIR!</span></strong></p>
-<hr/>
-<font size="1"><ul></ul>
-<p style="text-align: justify;">Esta p&aacute;gina &eacute; baseada no <a href="https://www.nature.com/articles/s41559-022-01738-7">artigo</a>&nbsp;dos autores: Renato A. F. de Lima, Oliver L. Phillips, Alvaro Duque, J. Sebastian Tello, Stuart J. Davies, Alexandre Adalardo de Oliveira, Sandra Muller, Euridice N. Honorio Coronado, Emilio Vilanova, Aida Cuni-Sanchez, Timothy R. Baker, Casey M. Ryan, Agustina Malizia, Simon L. Lewis, Hans ter Steege, Joice Ferreira, Beatriz Schwantes Marimon, Hong Truong Luu, Gerard Imani, Luzmila Arroyo, Cecilia Blundo, David Kenfack, Moses N. Sainge, Bonaventure Sonk&eacute; &amp; Rodolfo V&aacute;squez. <br /><br />
-LIMA, R.A.F et al. Making forest data fair and open. Nature Ecology & Evolution, p. 1-3, 2022.
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-Redação: [[opensci:2022:jor|Jorge Monteiro]]